O que me dá raiva não é o que você fez de errado
Nem seus muitos defeitos
Nem você ter me deixado
Nem seu jeito fútil de falar da vida alheia
Nem o que eu não vivi aprisionado em sua teia
O que me dá raiva são as flores e os dias de Sol
São os seus beijos e o que eu tinha sonhado pra nós
São seus olhos e mãos e seu abraço protetor
É o que vai me faltar
O que fazer do meu amor?
Os dias já correram em ritmo de maratona. E o coração, coitado!, está tão cansado que perde o ritmo; pára, dá umas batidas, retoma o fôlego e tenta voltar para o compasso desafinado. O corpo, inercial, anda meio louco, confuso. A mochila pesa o quanto pesa o conhecimento (sim! A mochila também faz parte do corpo). Os olhos já entenderam que chorar não resolve, e agora só pestanejam pelo sono que se perde aos poucos. As pernas, tão fracas, só atravessam a estrada porque teimaram com isso. Os dedos descrevem esta vida fragilizada como quem intensiona mandar uma carta para o futuro, ao menos a esperança não precisa da resposta para continuar existindo. "Respiro tentando encher os pulmões de vida", porque um futuro bom vem por aí.
2 comentários:
Ah, eu amo essa música.
E seu texto ficou lindo.
Creia, porque um futuro bom vem MESMO por aí.
Beijo.
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