Ouvi a eu-formiguinha dizer que a melhor coisa em ser formiga é poder sentir cada grão de areia de baixo dos pés em cada passo. Surpreendi-me ao perceber qu'Ela é tão acostumada A sempre ter razão Ela é tão articulada Quando fala não pede atenção. Quão fugaz foi a supresa, também o foi o entristecimento. A formiguinha tem hábitos estranhos. Às vezes some, desaparece! (ou foge de mim). Deixa aquele intervalo, como quando falta um dente na frente; ou como quando a rosa murcha e cai, deixando só a sépala verde, feia; ou quando a gente entra no elevador e percebe que não está mais lá (aaaaaai!). Sabe? É vergonhoso; É feio; Faz falta!. Maior que a tristeza que sinto pela falta efémera, é a tristeza da própria forminguinha. Dia desses ela me contou um novo segredo: Contou que ela vai em busca de novas aventuras. Novas histórias. Transita entre os parnasios e os rios transpostos - literários e geográficos. Ganha asas e voa. Voa, mas logo cai. A saudade por habitar o seu lugar é tão pesada, que mesmo as asas de ferro e sonho não suportam tanto torpor. É um repente de inacção do espírito. Depois, sua presença explode, e logo ela faz valer as promessas. Sempre trás um TNT de alegria, esperança e vida. É tão certo quanto o calor do fogo Eu já não tenho escolha Participo do seu jogo. Ainda bem que ela nunca demora, assim eu sempre fico feliz.
Um comentário:
"Ainda bem que ela nunca demora, assim eu sempre fico feliz."
Eu conheço umas formiguinhas. Tão legais, elas. Sempre me visitam, hehe.
Beijo.
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