Senti um frio, e uma dorzinha no peito... e doeu: ah doeu! Ele chegou. E chegou como quem sabe que sua presença é marcante. Como chuva, que cai no asfalto quente, e logo a gente sente o cheiro. Chegou a passos largos como se não se importasse com o que houvesse em seu caminho. E invadiu meu mundo, percorreu minhas estradas; estrada eu sou. E gritou, e sorriu, e falou. (Verdades são caminhos sem volta). Sem se importar com o que perderia com isso, gritou. Disse já estar acostumado a perder, e perdeu, mas tanto faz. E o frio que eu sentia incomodou, um frio danado que nada faz esquentar. E a dorzinha no peito me fez diminuta, como se eu fosse pequena demais pra suportar as estradas. De repente, senti o céu da estrada nublado e começei a sentir molhado o meu rosto. Abri a mão virada pro céu na esperança de sentir alguma gota de chuva. Senti cócegas nas bochechas, pelo caminho onde as lágrimas passavam, e assim, mesmo que não tivesse volta, ele continuou caminhando.
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